sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Sete erros na cozinha

Sete erros na cozinha (Fantástico - 20.03.2005)
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA933973-4005,00.html
Como anda a cozinha da sua casa? Limpinha? Um brinco! Cuidado! As aparências enganam.
Quem vê cara, não vê coração. Principalmente quando a conversa vai parar na cozinha.
A convite do Fantástico, o biomédico Roberto Figueiredo visitou duas cozinhas para mostrar os esconderijos preferidos das bactérias!
“Dona Maria, vamos dar uma olhada na sua cozinha pra ver os erros?”, pede Roberto.
Primeiro erro. Usar utensílios de madeira na cozinha.
“Hoje em dia existem também colheres de plástico. E não tem método correto para limpar e desinfetar”, diz o biomédico.
Outro erro comum: levar para a cozinha o pregador usado no varal.
“Vai passarinho, inseto, poeira, chuva também”, diz Roberto.
Se a tábua é de madeira, as bactérias vão fazer uma festa!
“Dona Maria, essa tábua está parecendo o mapa do inferno. Olha só o jeito que está aqui”, brinca o biomédico.
Não adianta água. Nem sabão.
“A madeira provém de coisa viva. Está cheia de células as bactérias penetram lá no fundo dessas celulazinhas e começam a se multiplicar lá dentro. Não adianta colocar água fervendo em cima da tábua de madeira que não vai chegar o calor até matar essa bactéria. A senhora só usa aquelas placas de plástico branca de preferência”, ensina.
Até o pano de prato. E aquele paninho que você usa pra limpar a pia, são um perigo se você não lavar na hora certa.
“Qualquer bactéria, contaminação que tiver aqui, se o pano estiver úmido ela vai resistir por uma ou duas semanas, se o pano estiver seco por quase dois dias ainda ficam bactérias aqui dentro”.
Comida na panela, em cima do fogão, nem pensar. O certo é colocar na geladeira.
“Então uma dica que é importante, o máximo que o alimento pode ficar em temperatura ambiente são duas horas. Ficou mais que isso o que faz? Joga fora’, alerta Roberto.
Sobre a pia, outro foco de bactérias.
“Quem inventou lixeira de pia é da sociedade protetora de bactérias anônimas. Essa não deve existir. Somente lixeira de chão com abertura do pedal, deixando sempre o saco plástico, e nunca esquecer de limpar e desinfetar o recipiente de lixo”.
Agora prepare-se para conhecer o maior vilão da cozinha: a esponja!
“Se a senhora fosse uma bactéria a senhora não queria morar num lugar que tivesse comida, água e um esconderijo? Onde ia encontrar tudo isso? Na esponjinha”, revela o biomédico.
A esponja deve ser desinfetada todos os dias numa solução de um litro de água com duas colheres de sopa de água sanitária. E, mesmo assim, ela tem vida útil curta.
“Se lavar e desinfetar todos os dias ela dura uma semana, no máximo. Não tem esponja que dure mais de uma semana”, garante.
Quer ver a prova de que a sujeira pode estar escondida na sua cozinha?
O biomédico Roberto Figueiredo recolheu resíduos das tábuas, embalou as esponjas e levou tudo para o laboratório. O resultado das análises dá medo.
“Isso são bactérias, a quantidade foi tão grande e tão absurda que uma cresceu sobre a outra”, analisa.
“Só pra você ter uma idéia: numa gota tirada da esponja de dona Maria havia 450 milhões de bactérias. Desse total, 360 milhões têm origem fecal, ou seja: há contaminação por fezes’, explica.
“Pode estar no alface, o alface vai para a mão da pessoa, aquele vírus vai para a mão da pessoa, pega na esponja e todos utensílios que ela vai limpar com aquilo pode passar e pode dar origem um tipo de doença que vai atacar a família toda”.
As duas tábuas também foram reprovadas.
Na de dona Tereza havia 270 milhões de bactérias, numa área de 25 centímetros quadrados. Desse total, 130 milhões têm origem fecal. A presença de fezes aumenta o risco da pessoa ter verminoses e doenças que provocam diarréia, vômitos e febre.

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